N a eternidade existia o Ser, aquele que simplesmente é. Percebendo o Ser que nada mais poderia haver ali além dele próprio, o Ser pensou: “que se faça a luz!” E irradiou-se da eternidade para a ante-sala de seu Reino. E, tendo preenchido todo o Reino, o Ser soube que era bom. Movimentando-se em sua ante-sala, o Ser refletia sobre si mesmo. E, a cada reflexão, um universo brotava de sua mente. E assim, nesse movimento, universos iam e vinham de sua fronte, como num piscar de olhos. E, tendo percebido que cada universo continha uma nova história, o Ser soube que era bom. Seu plano para cada universo era cuidadosamente elaborado em sua mente, entre os momentos em que apenas refletia sobre si mesmo... Cada universo tinha uma substância, e essa substância os preenchia por completo – cada estrela, planeta e partícula. E para que houvesse movimento, o Ser permitiu que a substância fosse maleável. E para que os seres conscientes que brotassem pudessem renascer quantas vezes fossem necessárias...