A Relação entre uma Cadeira e a Criação do Universo
(Hermes) Vê aquela cadeira, Benedito?
(Benedito) Claro, um belo exemplar talhado em madeira nobre.
(H.) Você sabe quem a talhou?
(B.) Certamente algum carpinteiro, mas não o conheci...
(H.) Do que necessitou para fazer esta obra?
(B.) Bem, além da madeira, provavelmente as ferramentas para o entalhe.
(H.) Ignoremos as ferramentas, você concordaria comigo em que o material principal foi à própria madeira, certo? Pois bem, imaginemos este nobre carpinteiro prestes a executar o entalhe, o que diria se no seu ateliê não existisse nenhuma madeira?
(B.) Bem, que ele certamente precisaria ir a alguma madeireira para comprar mais madeira...
(H.) Mas e se não existissem madeireiras?
(B.) Como assim? Nesse caso teria ele mesmo que ir derrubar árvores e extrair a madeira.
(H.) E se não existissem árvores? E se não existisse nenhuma madeira no mundo?
(B.) Porque suas conversas sempre ficam tão estranhas?
(H.) Isso não importa agora, o que importa é que você pense no que lhe falei...
(B.) Bem, supondo que não existissem árvores, nós tampouco existiríamos, e esse carpinteiro subitamente se torna alguma espécie de deus, ao meu entender.
(H.) Mas pensemos na cadeira: mesmo que não houvesse madeira nenhuma, ainda assim ela já estaria pronta, concorda?
(B.) Pronta aonde?
(H.) Na mente do carpinteiro. Ou você acredita que um carpinteiro possa dar sequer o primeiro entalhe nalgum bloco de madeira antes de ter a cadeira pronta em sua mente?
(B.) Compreendo. De fato: mesmo que não existisse madeira nenhuma no ateliê, o carpinteiro já poderia ter a cadeira pronta na própria mente, apenas esperando a madeira para construí-la.
(H.) Mas se não existisse madeira nenhuma, ela antes teria de ser inventada...
(B.) Aonde quer chegar?
(H.) Ora, e não é óbvio? Para se construir uma cadeira à partir do nada, antes é necessário inventar todo o Cosmos!
(Benedito) Claro, um belo exemplar talhado em madeira nobre.
(H.) Você sabe quem a talhou?
(B.) Certamente algum carpinteiro, mas não o conheci...
(H.) Do que necessitou para fazer esta obra?
(B.) Bem, além da madeira, provavelmente as ferramentas para o entalhe.
(H.) Ignoremos as ferramentas, você concordaria comigo em que o material principal foi à própria madeira, certo? Pois bem, imaginemos este nobre carpinteiro prestes a executar o entalhe, o que diria se no seu ateliê não existisse nenhuma madeira?
(B.) Bem, que ele certamente precisaria ir a alguma madeireira para comprar mais madeira...
(H.) Mas e se não existissem madeireiras?
(B.) Como assim? Nesse caso teria ele mesmo que ir derrubar árvores e extrair a madeira.
(H.) E se não existissem árvores? E se não existisse nenhuma madeira no mundo?
(B.) Porque suas conversas sempre ficam tão estranhas?
(H.) Isso não importa agora, o que importa é que você pense no que lhe falei...
(B.) Bem, supondo que não existissem árvores, nós tampouco existiríamos, e esse carpinteiro subitamente se torna alguma espécie de deus, ao meu entender.
(H.) Mas pensemos na cadeira: mesmo que não houvesse madeira nenhuma, ainda assim ela já estaria pronta, concorda?
(B.) Pronta aonde?
(H.) Na mente do carpinteiro. Ou você acredita que um carpinteiro possa dar sequer o primeiro entalhe nalgum bloco de madeira antes de ter a cadeira pronta em sua mente?
(B.) Compreendo. De fato: mesmo que não existisse madeira nenhuma no ateliê, o carpinteiro já poderia ter a cadeira pronta na própria mente, apenas esperando a madeira para construí-la.
(H.) Mas se não existisse madeira nenhuma, ela antes teria de ser inventada...
(B.) Aonde quer chegar?
(H.) Ora, e não é óbvio? Para se construir uma cadeira à partir do nada, antes é necessário inventar todo o Cosmos!
fonte: textosparareflexao.blogspot.com
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