Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2009

A Sugestibilidade Humana

Imagem
Os ideais da democracia e da liberdade chocam com o facto brutal da sugestibilidade humana. Um quinto de todos os eleitores pode ser hipnotizado quase num abrir e fechar de olhos, um sétimo pode ser aliviado das suas dores mediante injecções de água, um quarto responderá de modo pronto e entusiástico à hipnopédia. A todas estas minorias demasiado dispostas a cooperar, devemos adicionar as maiorias de reacções menos rápidas, cuja sugestibilidade mais moderada pode ser explorada por não importa que manipulador ciente do seu ofício, pronto a consagrar a isso o tempo e os esforços necessários. É a liberdade individual compatível com um alto grau de sugestibilidade individual? Podem as instituições democráticas sobreviver à subversão exercida do interior por especialistas hábeis na ciência e na arte de explorar a sugestibilidade dos indivíduos e da multidão? Até que ponto pode ser neutralizada pela educação, para bem do próprio indivíduo ou para bem de uma sociedade democrática, a tendênci

Indústria Cultural

Imagem
O poder magnético que sobre os homens exercem as ideologias, embora já se lhes tenham tornado decrépitas, explica-se, para lá da psicologia, pelo derrube objectivamente determinado da evidência lógica como tal. Chegou-se ao ponto em que a mentira soa como verdade, e a verdade como mentira. Cada expressão, cada notícia e cada pensamento estão preformados pelos centros da indústria cultural. O que não traz o vestígio familiar de tal preformação é, de antemão, indigno de crédito, e tanto mais quanto as instituições da opinião pública acompanham o que delas sai com mil dados factuais e com todas as provas de que a manipulação total pode dispor. A verdade que intenta opor-se não tem apenas o carácter de inverosímil, mas é, além disso, demasiado pobre para entrar em concorrência com o altamente concentrado aparelho da difusão. Theodore Adorno, in "Minima Moralia"

O Impulso Para a Conformidade

Imagem
A imposição de padrões pelas sociedades aos seus extremamente diversificados indivíduos tem variado muito em diferentes períodos históricos e diferentes níveis de cultura. Nas culturas mais primitivas, onde as sociedades eram pequenas e ligadas a tradições muito estreitas, a pressão para o conformismo era naturalmente muito intensa. Quem ler literatura de antropologia ficará espantado com a natureza fantástica de algumas das tradições às quais os homens tiveram de se adaptar. A vantagem de uma sociedade grande e complexa como a nossa é permitir à variedade de seres humanos expressar-se de muitas maneiras; não precisa de haver uma adaptação intensa, como a que encontramos em pequenas sociedades primitivas. Mesmo assim, em toda a sociedade há sempre um impulso para a conformidade, imposto de fora pela lei e pela tradição, e que os indivíduos impõem sobre si mesmos, tentando imitar o que a sociedade considera o tipo ideal. A esse respeito, recomendo um livro muito importante do filósofo f

Avanços e Retrocessos

Imagem
Trechos do livro: A Queda da Atlântida de Marion Zinner Brandey Quando o Universo foi criado do nada, imediatamente se fragmentou por falta de coesão. Como milhares de pequenos ladrilhos que não possuem significado ou propósito aparentes, todas as peças são idênticas em formato e tamanho, embora possam diferir na cor e padrão; e não temos uma imagem do mosaico pretendido para nos orientar. Ninguém pode saber com certeza como vai parecer, até que a última peça seja finalmente ajustada em seu lugar... Há três instrumentos para o trabalho: não-interferência total; controle ativo sobre cada um e todos os movimentos; e intercâmbio de poderes até que seja alcançado um equilíbrio satisfatório. Nenhum desses métodos pode dar certo, no entanto, sem a concordância dos outros dois; devemos aceitar isso como um princípio fundamental – caso contrário não teremos explicação para o que já aconteceu. O problema ainda não está resolvido; mas continuamos, em ondas. Um avanço em conhecimento geral é acom

Revisão Ortográfica

Imagem

Eu Aprendi

Imagem
Eu aprendi… ...que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto; ...que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e jamais conseguirei convencê-las; …que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Eu aprendi… …que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando; …que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida; …que por mais que você corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo que cortamos de nosso caminho. Eu aprendi… …que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser e devo ter paciência; …que posso ir além dos limites que eu próprio me coloquei; …que eu preciso escolher entre controlar meu pensamento ou ser controlado por ele. Eu aprendi… …que os heróis são pessoas que fazem