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Mostrando postagens de agosto, 2010

A Triste "Face" da Desilusão

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A Partícula de Deus

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A tlas era um dos titãs da mitologia grega, condenado para sempre a sustentar os céus sobre os ombros. Aqui, Atlas é um dos quatro gigantescos detectores que farão parte do maior acelerador de partículas do mundo, o LHC, que está em fase adiantada de testes e deverá entrar em operação nos próximos meses. LHC é uma sigla para "Large Hadron Collider", ou gigantesco colisor de prótons. Parece difícil exagerar as grandezas desse laboratório que está sendo construído a 100 metros de profundidade, na fronteira entre a França e a Suíça. A estrutura completa tem a forma de um anel, construída ao longo de um túnel com 27 quilômetros de circunferência. As partículas são aceleradas por campos magnéticos ao longo dessa órbita de 27 Km, até atingir altíssimos níveis de energia. Mais especificamente, 7 trilhões de volts. Em quatro pontos do anel, sob temperaturas apenas levemente superiores ao zero absoluto, as partículas se chocam, produzindo uma chuva de outras partículas, recriando um a

A Lua Negra

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N o início das eras existia a Grande Deusa, e a Deusa era a própria Terra, Gaia, e a Terra era a Deusa. As origens do culto à Grande Deusa são encontradas na penumbra do tempo pré-histórico. A Deusa governou por milhares e milhares de anos, anos em que a Terra vivia os ciclos lunares perfeitamente em harmonia com a vida orgânica da Mãe. Ao longo do tempo a Grande Mãe foi sendo arrasada e relegada à escuridão, e iniciou o triunfo do mais patriarcal dos arquétipos, aquele do Grande Deus Pai, Allah, IHVH, que foi completamente adotado com o crescimento do judaísmo, do cristianismo e da religião muçulmana. Foi somente na forma atenuada de Maria, Mãe de Deus, que alguns aspectos da Grande Deusa foram deixados subsistir. Várias Madonnas antigas ain da são resquícios do culto à Grande Deusa. A figura de Lilith – A Lua Negra – re presenta um dos aspectos da Grande Deusa. Na antiga Babilônia ela era reverenciada como Lilitu, Ischar ou Lamschtu. A mitologia judia já a colocou nos reinos mais obs

O Universo Holográfico

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O Holograma O holograma é uma invenção dos anos 60, e de forma geral é um mecanismo ótico que produz imagens tridimensionais. Seu princípio foi descoberto em 1947, mas o modelo só pôde ser construído após a invenção do laser. Para produzí-lo, divide-se um único raio laser em dois feixes separados. O primeiro feixe é projetado no objeto a ser fotografado. Então, faz-se com que o segundo feixe colida com a luz refletida do primeiro. Quando isso acontece, eles produzem um padrão de interferência que é registrado num filme. Iluminada pela luz natural, a imagem do filme não se parece em nada com o objeto fotografado, mostrando um conjunto de curvas concêntricas entremeadas, num desenho indecifrável. Mas, assim que um outro feixe de raio laser ilumina o filme, uma imagem tridimensional do objeto original reaparece em pleno espaço, podendo ser vista por cima, por baixo ou por qualquer lado, mas não podendo ser tocada. Esta imagem holográfica apresenta algumas características que estão deixand

Você é somente uma testemunha e nada mais...

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A mente é apenas uma procissão de pensamentos passando na sua frente na tela do cérebro. Você é um observador. Mas você começa a ficar identificado com coisas belas - essas são seduções. E uma vez que você fica agarrado nas coisas belas você também fica agarrado nas coisas feias porque a mente não pode existir sem a dualidade. Basta tentar de vez em quando: Deixe a mente ser o que quer que seja. Lembre-se, você não é a mente. E você terá uma grande surpresa. No dia que você estiver completamente desidentificado da mente, mesmo por um simples momento, há uma revelação: a mente simplesmente morre; ela não está mais presente. E com o desaparecimento da mente desaparece o eu. E tantas coisas desaparecem as quais eram tão importantes para você, coisas tão perturbadoras para você. Você esteve tentando resolvê-las e elas estavam ficando cada vez mais complicadas, tudo era um problema, uma ansiedade, e parecia que não havia nenhuma saída. O mestre diz ao discípulo para meditar sobre um koan:

Personagens Históricos IV: Austin Spare

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AUSTIN SPARE caminhava entre os espaços místicos e as dimensões do subconsciente. Não raras vezes, ele demonstrava uma genialidade artística incomum, enquanto vivenciava as muitas faces ocultas da magia e do sobrenatural como se estivesse sobre o fio de uma navalha, sem jamais cair nas divisões maniqueístas e racionais. Ao contrário do que pode parecer, Spare não era indeciso. Muito pelo contrário. Ele seguiu por caminhos que muitos de seus conhecidos consideravam perigosas demais para o ser humano comum. Filho de um policial londrino, o ocultista veio ao mundo na cidade Snowhill, em uma hora incerta, segundo ele próprio dizia. Não sabia para que lado estava olhando Janus, o deus romano de duas faces, no momento em que lhe deu à luz: se de frente ou de costas, pois nasceu na exata passagem de 1886 para 1887. Curiosamente, Spare representa exatamente isso: uma grande genialidade aliada a um espírito intenso e forte, perturbado por visões que o levavam a seguir instintos e idéias pouco c

Comédia Corporativa: A Formiga Motivada e Feliz!

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T odos os dias uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. Ela era produtiva e feliz. Mas o gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão, e pensou: se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada! E colocou uma barata, famosa por prepar belíssimos relatórios e com larga experiência como supervisora. A primeira preocupação da barata foi padronizar o horário de entrada e saída da formiga. Mas pra isso a barata precisou de uma secretária que a ajudava a preparar os relatórios; contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações. O marimbondo ficou encantado com a barata e pediu-lhe gráficos com indicadores e análise das tendências para mostrar nas reuniões. A barata contratou então uma mosca, comprou um computador com impressora colorida, e logo a formiga produtiva e feliz começou a se lamentar de toda aquela movimentação... O marimbondo concluiu que era chegado o momento de criar a função

Setenta Vezes Sete

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D edico-me, nesse artigo, a um número em especial que considero mitológica, mística e simbolicamente o mais transcendente: o sete. Tal número é notável pelo poder profundo de ressonância analógica e pelas inúmeras correspondências encontradas nos textos antigos que alicerçaram toda a nossa teologia. O número sete é citado na Bíblia dezenas de vezes, assim como no Alcorão – livro sagrado dos muçulmanos – no Mânava-dharma Çastra – livro sagrado brâmane das leis indianas e no Talmude – livro sagrado dos judeus. Está presente nos textos da alquimia, nos princípios do hermetismo e até na cultura indígena, como referência à “sétima raça dos duas pernas”, que corresponderia à humanidade na era de Aquário. Sua origem vem da polarização da unidade, mais precisamente da dupla polarização, já que a primeira gera o 3. A luz branca (símbolo da unidade), ao atravessar o prisma (representando a tríade) se decompõe nas sete cores do arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. C