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Mostrando postagens de 2012

Os ignorantes é que são felizes!

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Mad World

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Gary Jules Tudo a minha volta são rostos familiares. Lugares desgastados. Rostos desgastados. Claro e cedo para suas corridas diárias indo a lugar nenhum. Indo a lugar nenhum. E suas lágrimas estão enchendo seus óculos. Sem expressão. Sem expressão. Escondo minha cabeça, quero afogar meu sofrimento. Sem amanhã. Sem amanhã. E eu acho isso meio engraçado. E eu acho isso meio triste. Os sonhos nos quais estou morrendo são os melhores que eu já tive. Eu acho difícil te dizer eu acho difícil de entender. Quando as pessoas andam em círculos fica um muito muito Louco Mundo. Louco Mundo. Crianças esperando pelo dia que se sentirão bem: Feliz Aniversário. Feliz Aniversário. E eu me sinto do jeito que toda criança deve. Sentar e Escutar. Sentar e Escutar. Cheguei à escola e estava muito nervoso. Ninguém me conhecia. Ninguém me conhecia. Olá, professora, diga qual é minha lição. Olhe bem para mim. Olhe bem para mim. E eu acho isso meio engraçado. E eu acho isso meio triste. Os sonhos nos quai

As Leis de Galileu

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As ciências físicas e naturais, em geral, têm na Renascença a sua maior expressão em Leonardo da Vinci e, sobretudo em Galileu Galilei; pelo que diz respeito em especial à astronomia, em Copérnico e Kepler. Leonardo da Vinci, nascido perto de Florença em 1452, exercitou a sua profissão de artista e técnico em Milão, em Florença, em Roma e na França onde faleceu em 1519. Não nos interessa como artista, mas como cientista, técnico e teórico da ciência. Leonardo não deixou obras sistemáticas e editadas, e sim uma grande quantidade de apontamentos e bosquejos preciosos, publicados mais tarde, em que se revela um gênio soberano e um teórico genial. Aplicou ele imediatamente à técnica, ao domínio da natureza, seus princípios teóricos, em harmonia com os ideais e as conquistas da idade nova. Leonardo fez uma notável quantidade de pesquisas e de invenções preciosas no campo das ciências: em matemática, física, mecânica, astronomia, geologia, botânica, anatomia, fisiologia, etc. Aplic

O Gato de Schrodinger

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O “princípio da incerteza” é um dos conceitos mais discutidos da discutidíssima Física do século 20, e diz respeito à nossa dificuldade em observar e medir o comportamento das partículas sub-atômicas. Para ilustrá-lo, o físico Erwin Schrodinger concebeu um experimento. Certas substâncias radioativas têm exatamente 50% de probabilidade de emitir radiação no período de uma hora. O estado dessa substância depois de uma hora de iniciada a medição pode ser descrito através de uma equação matemática que expressa essa possibilidade dupla, este ser-ou-não-ser, este haver-ou-não-haver radiação. Schrodinger sugeriu que puséssemos um gato vivo numa caixa fechada, e que a emissão radioativa desencadeasse um mecanismo que mataria o gato. Uma hora depois do gato posto ali, a equação matemática que descreve o experimento nos diz que o que há dentro da caixa é um gato metade morto, metade vivo. As duas possibilidades se equivalem, e só ao abrirmos a caixa, e constatarmos o que aconteceu, farem

Digamos que a vida é este quadrado na calçada...

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Pensar Dói

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A juventude é sempre prisioneira da falta de experiência. O garoto chega à universidade, vindo de um ensino médio destruído, e então é solicitado a construir narrativas. No entanto, não viveu o suficiente para que as narrativas tenham frases impregnadas pelo que aconteceu com ele. Ou então, até viveu, mas não domina os instrumentos da linguagem para que as frases possam dar às vivências o caráter efetivo de vivências.  Nessa hora, é vítima das fórmulas e esquemas abstratos que, enfim, decora rapidamente de modo a poder conversar com os professores, virar “peixinho”, ganhar uma bolsa ou simplesmente “tirar a nota para passar”. Fica revoltado com aquele professor que insiste em fazê-lo pensar, que o empurra para refletir sobre suas vivências. Pois para quem não tem a linguagem, pensar dói. É difícil fazer um garoto assim entender que frases do tipo “o capitalismo é injusto” não podem significar nada para ele e, vindo da boca dele, não ter valor algum. Outro professor disse que é tal

A Executiva no Céu

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por Max Gehringer Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso portal. Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas. Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes: -Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida para cá por engano, porque meu convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos? -No céu. -No céu?... -É. Tipo assim, o céu. Aquele com querubins voando e coisas do gênero. -Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente. Apesar das óbvias evidências (nenhuma poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone celular), a executi

Pequeno Príncipe

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Religião e Ciência

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Todas as ações e todas as imaginações humanas têm em vista satisfazer as necessidades dos homens e trazer alívio às suas dores. Negar essa evidência é não compreender a vida do espírito e seu progresso. Porque experimentar e desejar são os impulsos primários do ser, antes mesmo de considerar a majestosa criação desejada. Sendo assim, que sentimentos e condicionamentos levaram os homens a pensamentos religiosos, e os incitaram a crer, no sentido mais forte da palavra? Descubro logo que as raízes da idéia e da experiência religiosa são múltiplas. No homem  primitivo, por exemplo, o temor suscita representações religiosas para atenuar a angústia da fome, o medo das feras, das doenças e da morte. Neste momento da história da vida, a compreensão das relações causais mostra-se limitada e o espírito humano tem de inventar seres mais ou menos à sua própria imagem. [1] Ele transfere para a vontade e o poder desses seres as experiências dolorosas e trágicas de seu destino. Ele acredita mes

Vamos falar sobre sexo?

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Prometheus , o prelúdio de Alien - O Oitavo Passageiro que conta a história de uma expedição espacial a bordo da nave que dá nome ao filme, marca não só o retorno de Ridley Scott à franquia e ao gênero da ficção científica depois de 30 anos, como também responde a uma das mais perturbadoras questões que assolam a humanidade: afinal, quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Há outras perguntas, claro, como aquela feita pelo escritor Erich von Däniken no livro de 1968 Eram os Deuses Astronautas?, que Scott diz homenagear com o filme. Embora Prometheus aborde as supostas origens extraterrestres da raça humana, porém, é de maternidade, em particular, que trata todo Alien. E este prelúdio, assim como os demais longas da série, reorganiza de um modo menos sutil e mais calculado as metáforas feministas propostas em O Oitavo Passageiro. Sem Ellen Ripley (que segundo o cânone nasceu na Lua terrestre em 2092, um ano antes da chegada da nave Prometheus à lua LV-223 nos confins do univer

O Ocultismo em Therion

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por Adriano Camargo Aos interessados, algumas palavras sobre algumas letras de alguns álbuns da banda Therion . As músicas: - Kings of Edom (álbum Sitra Ahra): refere-se à estrela de 11 pontas que sempre aparece nos discos do Therion, que representa o reino qliphótico, os 11 reis que representam as 11 qliphoth da Árvore da Morte; - Kali Yuga I, II & III (álbuns Sirius B/Sitra Ahra): a Idade Negra, a Era do Ferro, em que humanidade vive atualmente; - The Shells Are Open (álbum Sitra Ahra): refere-se às qliphoth novamente, à abertura dos reinos qliphóticos, à iniciação qliphótica; - Cú Chulainn (álbum Sitra Ahra): refere-se ao semideus e guerreiro celta/irlandês, sendo um arquétipo da esfera de Marte; - Din (álbum Sitra Ahra): refere-se à esfera de Geburah, à sephira correspondente à Marte, por vezes traduzida como “julgamento”, “justiça”, “força”; - The Perennial Sophia (álbum Gothic Kabbalah): refere-se a Sabedoria (Sophia, Skekinah, Shakti) e ao

Do Androids Dream of Eletric Sheep?

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"O desenvolvimento da sociedade do capital é o desenvolvimento ampliado de suas contradições sociais, seja no campo da técnica e da tecnologia, seja no da sociabilidade e subjetivadades humanas e também do ecossistema urbano-social. O estranhamento atinge o trabalho e a reprodução social, o que significa que desefetiva a memória e a identidade do homem, dilacerando seus referentes de espaço-tempo, comprimindo-os e imprimindo neles sua marca indelével. A manipulação de homens e coisas assumem dimensões cruciais. A sociedade burguesa hipertardia tende a se tornar uma imensa coleção de múltiplos objetos-mercadorias complexas criadas pelas novas tecnologias de engenharia genética. No limite, a produção de mercadorias atinge a produção de supostas inteligências artificiais e de objetos-andróides no limiar da hominidade. Na verdade, na medida em que não se abole o sistema do capital, ele tende a instituir formas sociais estranhadas mais desenvolvidas, abrindo um campo de hominização