Perestroika para liberalização do mercado?

 


Se você é como eu e está preocupado (e muito) com o que acontecerá com a economia do país, tem que ler esta matéria: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/02/paulo-guedes-prepara-perestroika-de-liberalizacao-do-mercado.shtml !

Se você é como eu e está tentando desesperadamente encontrar alguma “luz” nesta era de trevas e incertezas, tem que ler esta matéria! Afinal, pesa nos ombros deste senhor o destino do Brasil, como deixou bem claro nosso atual presidente, mesmo antes de ser eleito.
Tenho 3 reflexões e tentei ser o mais imparcial possível (será?). Textão pela frente, vem comigo?
1. “As pessoas da esquerda têm cabeças moles e bom coração”, ele diz. “As pessoas da direita têm cabeças duras, e...” ele busca a frase correta. “Corações não tão bons”.
Vejam só... que surpresa agradável, acho um bom sinal este discernimento. A esquerda é burra, doa a quem doer admitir isso. Salvo raras exceções, sempre será, apesar da nítida preocupação com o bem-estar social faz sempre questão de bater em si própria (Ciro?), a direita estimula e aplaude. A direita é uma turba rs! Um turbilhão de cabeças duras que escolhem um líder unicamente pela decisão da maioria e sai chutando tudo. Não precisa de razão, só emoção. Vale tudo em defesa de meu ideal, até mentiras e “burlar” a lei para atingir seu objetivo. Doa a quem doer admitir isso...
2. “Estamos criando uma sociedade aberta ao modo popperiano”.
Querem saber, tenho um preconceito pessoal, acredito que 99% das pessoas não fazem a mínima ideia de quem foi ou quais foram as ideias do filósofo mencionado pelos seus ídolos e nem fazem questão de saber... só acham bonito, pomposo e pronto, assunto resolvido, o cara é fera! Bora lá aprender um pouco? (questionem, pesquisem!) Platão dizia sobre a democracia que: “através de um processo democrático, a maioria pode escolher ser governada por um tirano.” Karl Popper percebeu que este tipo de paradoxo da democracia também ocorria em outros casos, como com a liberdade: “O chamado paradoxo da liberdade é o argumento de que a liberdade, no sentido da ausência de qualquer controle restritivo, deve levar à maior restrição, pois torna os violentos livres para escravizarem os fracos” (POPPER, Karl. R. A Sociedade Aberta e seus Inimigos). Isto é, a liberdade irrestrita leva ao fim da liberdade; a tolerância irrestrita pode levar ao fim da tolerância. Putz, aí lascou heim! Mas talvez o foco seja em outro paradoxo de Popper como o da intervenção estatal e o da intervenção (estatal) mínima. O próprio termo “neoliberalismo” (https://www.infoescola.com/historia/neoliberalismo/) foi criado justamente para se diferenciar da noção de liberalismo então dominante como defesa de Estado mínimo. Popper afirmou não só que intervenção não contradiz o liberalismo, mas mais do que isso, disse que a liberdade necessita do Estado: “Liberalismo e interferência do estado não se opõem mutuamente. Ao contrário, qualquer espécie de liberdade será claramente impossível se não for assegurada pelo estado… De facto, não há liberdade se não for assegurada pelo estado; e inversamente só um estado controlado por cidadãos livres pode oferecer alguma segurança razoável.” (POPPER, Karl. R. A Sociedade Aberta e seus Inimigos) Entenderam amiguinhos? Ideologicamente tem a ver com controle, o Estado acima de tudo! Tem outro nominho pra isso não tem? Leiam, pesquisem... mas não parem, o melhor vem agora...
3. “Certamente. A Rússia e o Brasil tiveram a glasnost antes da perestroika.”
A Glasnost (transparência, em russo) e a Perestroika (reestruturação, em russo) foram medidas políticas e econômicas adotadas na ex-União Soviética, na década de 1980, durante o governo de Mikhail Gorbachev. Tinham como principais objetivos modernizar e abrir a economia soviética, além de garantir maior abertura política. Estas medidas foram as principais responsáveis pelo fim da União Soviética e do seu sistema político econômico (socialismo). Rapidamente, o modelo demonstrou sinais de ineficiência. A situação interna era caótica, pois em várias regiões da URSS emergiram movimentos separatistas. A crise começou nos anos 80, mas se aprofundou nos anos 90, com a ascensão de tendências nacionalistas em praticamente todas as repúblicas soviéticas. Para Putin, o fim da URSS foi a maior catástrofe geopolítica do século 20 (https://www.bbc.com/.../story/2005/04/050425_putinro.shtml ). (mais uma vez: pesquisem, entendam!)
E aí? Sentiram o que está por vir? Afinal somos uma democracia perneta, o sistema é corrupto mesmo... fazer o quê...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Valor de Pi

Mitologia Tupi-Guarani

Como a proporção áurea, ou os números de Fibonacci, se expressam na natureza?