Pensar com Exatidão

Por Karina 

"Quando todos pensam o mesmo, ninguém está pensando.”
(Walter Lippmann)

“Duvidar de tudo ou crer em tudo: são duas soluções igualmente cômodas, que nos dispensam ambas de refletir.”

 (Henry Poincaré)

O pensar com exatidão nada mais é do que ter um mínimo do bom e velho senso crítico. É parar de acreditar nos outros por esporte e passar a analisar as informações que recebe, independentemente de quem as disse. Esse é um hábito de vital importância exatamente porque ele previne que você crie/aceite crenças e condicionamentos que, além de não beneficiarem você em nada, simplesmente não são verdadeiros! As pessoas passam para frente todo tipo de opinião infundada, normalmente informações que leram ou ouviram e que não tiveram o trabalho de verificar a fonte.

E TODO mundo faz isso (não é a sociedade lá fora ou “as pessoas”), com maior ou menor freqüencia, em maior ou menor grau, ainda mais quando o assunto tem algum tipo de apelo emocional para a pessoa (tradições familiares, crenças religiosas ou não-religiosas, costumes, para citar alguns). É sempre bem mais fácil ser crítico ou cético com relação aos outros, mas na hora de aplicar o mesmo método de raciocínio consigo mesmo, a coisa complica. E a ideia principal do uso do Pensar com Exatidão, como proposto por Hill, é utilizar essa forma de pensar especialmente quando você faz a sua auto-análise.  Você já aceitou tanto lixo dos outros que deve cuidar principalmente com a sua própria opinião… ela é realmente sua? Hill enfatiza o “sentir” e o “intuir”, como formas válidas de análise de informações, mais do que somente o raciocínio intelectual em si. Porque nem tudo que é lógico é necessariamente verdadeiro… Mas, é claro, é preciso treinar a intuição e saber diferencia-la de outras sensações que nada mais são do que reações baseadas em medos, preconceitos e/ou julgamentos seus. E como se aprende a fazer essa diferenciação? Com auto-análise.

Em resumo, a ideia é ser científico. A informação que recebi tem alguma validade prática? Tem algum benefício real? Me faz evoluir, seja financeira, intelectual, física ou espiritualmente? Provoca alguma mudança positiva em algum aspecto da minha vida? Eu me torno melhor ou mais feliz aceitando isso?

Não tenha medo de mudar suas ideias, de rever seus conceitos… (e a sua auto-análise, o seu autoconhecimento, vai te cobrar isso) tenha medo de não ter nem ideias próprias para mudar. Isso sim é horrível! Mas não mude apenas ou porque alguém disse, mude porque você chegou a uma nova consciência sobre o assunto (prefiro evitar a palavra “conclusão” porque ela dá a ideia de um raciocínio que se fechou sobre algum conceito/fato) e o seu crescimento, a sua evolução demandou tal mudança. Afinal, a única e verdadeira mudança é quando você muda por si e para si.

Lembre-se sempre de lidar com um fato da maneira como ele é, não da maneira como você gostaria que ele fosse.

“Não acredite no que você ouviu;
Não acredite em tradições porque elas existem há muitas gerações;
Não acredite em algo porque é dito por muitos;
Não acredite meramente em afirmações escritas de sábios antigos;
Não acredite em conjecturas;
Não acredite em algo como verdade por força do hábito;
Não acredite meramente na autoridade de seus mestres e anciãos.
Somente após a observação e análise, e quando for de acordo com a razão
e condutivo para o bem e benefício de todos, somente então aceite e viva para isso.”

(Gautama Buda)


fonte: inconscientecoletivo.net

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Valor de Pi

Mitologia Tupi-Guarani

Como a proporção áurea, ou os números de Fibonacci, se expressam na natureza?