A Garota da Casa ao Lado

 


Leio de 2 a 3 livros por mês... desde os meus, sei lá, 13 anos...

São mais de 500 livros já lidos.

E se eu disser que este foi o livro mais terrível e “pesado” que já li?

E isso pra quem já leu quase todos do Stephen King, Clive Barker, William P. Blatty, Edgar Allan Poe, Lovecraft... pode colocar quem você quiser aí.

Esquece esse lance de sobrenatural, a pegada aqui é (na minha interpretação): “a normalização do mal”. Até onde essa “normalização” pode te levar e quais as consequências disto?

Mas o “como” isso acontece que é o grande, e terrível, destaque da obra...

Se todos ao meu redor fazem (aceitam, participam, etc.) não deve ser algo ruim, correto?

Te lembra alguma coisa? Nazismo, talvez? Algo mais.... hãaam... atual?

A questão é: no fundo eu sei que é errado, que é ruim, que... bom, deu pra entendeu (acho). Mas como meu círculo de amigos, ou seja, aqueles que escolhi para formarem esse círculo porque desejo (quero) acreditar nas mesmas coisas que eles. Se esses amigos validam, então, mesmo sabendo que estou errado, me deixo levar, aceito como normal e até defendo se for o caso.

E depois, claro, tem as consequências...

Quando percebo (se percebo) que estou errado, qual foi o “tamanho” do mal que causei? Como vou conviver com isso agora? Simples... eu nego. Eu justifico, eu busco outro para culpar..., mas, no fundo a gente sabe, vai ter sempre aquela vozinha dizendo bem baixinho, pro resto da vida: “a culpa é sua”.

Leiam e reflitam!

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“Eu me pergunto desde então: quando foi que isso aconteceu? Quando foi que eu, sim, fui corrompido? E continuo voltando a esse exato momento, a esses pensamentos. Aquela sensação de poder.”

“E pergunto a mim mesmo: quem eu odiava? Quem ou o que eu temia? No porão, com Ruth, eu comecei a aprender que a raiva, o ódio e a solidão são partes de um botão que espera pelo toque de um único dedo para atear fogo e nos levar à destruição. E eu aprendi que essas coisas podem ter o sabor da vitória.”

--- Jack Ketchum. A Garota da Casa ao Lado ---

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