Guerra Sem Fim

 


“’Guerra Sem Fim’ é narrado pelo soldado William Mandella, que é recrutado no final da década de 1990 para combater os misteriosos taureanos, uma raça alienígena que os seres humanos enfrentam no espaço. Para viajar até o front, os soldados precisam atravessar portais que causam uma dilatação no tempo, fazendo com que o tempo subjetivo da nave seja mais lento que o tempo "real" do universo. Ou seja, quando Mandella retorna para casa após servir por dois anos, se passaram quase três décadas na Terra. E conforme eles viajam mais longe, maior é a dilatação, passando de décadas para séculos inteiros.”

Senhoras e senhores, vejam só que história: na primeira incursão (ou campanha, batalha, etc.) do soldado Mandella, os humanos tem o primeiro contato físico com a raça alienígena em questão e o que acontece é uma verdadeira carnificina (palavras do próprio narrador), estimula-se a morte rápida e precisa dos inimigos com (propagandas de) ódio sem sentido e drogas estimulantes (alô, alô, Vietnã!). Porém, ao voltar para casa (planeta Terra), a dilatação temporal fez com que se passassem décadas enquanto para os soldados passaram-se apenas dois anos (sim, Interestelar na veia)... aí que muda tudo! O planeta sofre com a superpopulação e esgotou seus recursos naturais, a “moeda” passou a ser a base de trocas como “calorias” obrigando os humanos a produzirem e comercializarem seus próprios alimentos, a violência está sem controle e muitos (os que podem pagar) andam armados e com guarda-costas contratados... e... a homossexualidade é comum e estimulado pelo governo, sendo o único meio de controle de natalidade!
Então tá, bora voltar pro espaço e matar aliens que é muito melhor do que adaptar-se a este planeta zoado... Voltando para o combate, agora como tenente, Mandella está em uma nave que é alvejada e ele perde uma perna. Pronto, acabou sua missão e agora ele tem que passar um período em um “planeta hospital” show de bola. Só para ajudar, nesta campanha os saltos foram mais distantes e passaram-se centenas de anos para quem ficou na terra, que deve estar muito mais zoada do que antes... Beleza, vida boa, gastando dinheiro à toa com a companheira da primeira incursão (pois é, rolou um lance firmeza entre os dois), mas... eles ainda estão em serviço e logo que a perna se regenerar (avançou a medicina, oras bolas!) vão voltar à ativa. Pois bem, chega a hora, só um probleminha: cada um para o seu lado com uma diferença de 300 anos no mínimo quando voltar, se sobreviver...
Aí meus queridos, e só aí, que rola uma batalha de verdade! E que batalha! Bem daquelas tipo 150 deles para cada um dos nossos, 300 de Esparta sem dó. Sim, claro, nosso protagonista consegue sobreviver, a sacada é "como". Quer saber? Física! O cara, agora já é Major, mas tem doutorado em física e... bom, você vai ter que ler para saber!
Só de lembrar que o autor escreveu esse livro em 74, fico sem palavras... que livro! Que final!!!

“As guerras modernas tornaram-se extremamente complexas, sobretudo no último século. Guerras não são vencidas com simples séries de batalhas ganhas, mas com uma inter-relação complexa entre vitória militar, pressões econômicas, manobras logísticas, acesso a informações inimigas, posturas políticas... dezenas, literalmente dezenas de fatores.“

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